quinta-feira, 6 de agosto de 2009

OBESIDADE X ATIVIDADE FÍSICA

Obesidade pode ser definida como aumento do peso corporal às custas da elevação do percentual de gordura acima de níveis estabelecidos para sexo e faixa etária.

Nos Estados Unidos da América, mais de 60% da população está acima do peso. No Brasil, mais de 30% está acima do peso, sendo a maior concentração nas regiões sul e sudeste.

Várias são as causas da Obesidade: genéticas, hormonais, ambientais, sócio-econômicas, culturais e psicológicas, que exigem uma avaliação individualizada para se encontrar a melhor saída. É inútil responsabilizar exclusivamente o obeso por sua condição. A alimentação com altos teores de carbohidrato e gordura aliada ao sedentarismo inerente à automatização dos processos de produção e de facilidades do dia a dia e no laser, têm contribuído para o ganho de peso da população.

Quando as quantidades de energia consumidas pelo indivíduo sob a forma de alimentos são maiores do que as gastas por esse indivíduo, o peso de gordura corporal aumenta. Para cada excesso de 9.3 calorias que entram no organismo e não são gastas, ocorre armazenamento de 1g de gordura.

Uma forma de se compreender as diversas faixas de classifi-cação do excesso de peso é a do cálculo do índice de massa corpórea - IMC. Esse índice é calculado da seguinte forma:

Peso dividido pela altura ao quadrado.
IMC NORMAL: DE 20 A 24,99
SOBREPESO: DE 25 A 29,99
OBESIDADE: ACIMA DE 30
OBESIDADE MÓRBIDA: ACIMA DE 40

Sempre devemos levar em consideração, além das tabelas de proporção peso - altura, o percentual de gordura corporal e de massa magra ( músculo ). Na verdade, são esses valores que nortearão o momento final adequado da perda de peso .
Em se tratando de não-atletas, a literatura sugere como padrões médios de gordura, tanto para homens como para mulheres em torno de 16% e 23% (POLLOCK & WILMORE, 1993)

Heyward e Stolarczky (2000), sugerem que o valor médio de gordura relativa para homens e mulheres é de 15% e 23%, considerando valores de 25% para os homens e 32% para as mulheres como sendo valores de risco para doenças associadas à obesidade.

George et. al. (1996), apresenta uma outra classificação por faixa etária em 5 categorias que são: ideal, bom, médio, gordo e obeso.

Tabela 1 - Classificação da composição corporal pelo percentual de gordura por idade.

Apesar de existirem outros métodos para avaliar a composição corporal, o teste mais utilizado e o de dobras cutaneas, pela sua praticidade.

Dessa forma, quem pratica exercícios regularmente, pode até vir a ganhar peso, pelo aumento da massa muscular e não pelo aumento de gordura corporal. Esse aumento de massa muscular e traduzido em benefício ao indivíduo.

Atividade física regular e bem orientada promove benefícios abrangentes ao ser humano, inclusive contribuindo efetivamente no controle da obesidade. Essa e uma afirmação que pode ser comprovada pôr pesquisas científicas de entidades interna-cionais respeitadas, como pôr exemplo o AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (ACSM). O ACSM e a maior autoridade em pesquisas científicas e assuntos que se relacionam com atividade física e saúde do mundo. Confirmando ainda mais essa afirmação, temos, na prática, evidencias inquestionáveis. Um número cada vez maior de pessoas comprovam em seu dia a dia, os benefícios proporcionados pela pratica regular de exercícios físicos. Não estamos falando apenas de atletas ou jovens em plena forma, mas de pessoas que começaram a praticar com 40, 60, 70 anos ou mais e hoje não conseguem mais pensar em sua vida sem os exercícios físicos.

Hoje em dia , atividade física deve se relacionar a bem estar e qualidade de vida. Portanto um programa de treinamento bem elaborado deve se adequar ao praticante e não o contrario. Respeitar as características individuais do praticante e seu estilo de vida, substituir quantidade de treinamento por qualidade de treinamento, a idéia obsessiva por praticar em prazer por praticar, risco por segurança, são, sem duvida alguma, opções corretas.

Atividade física se relaciona com qualidade de vida para o obeso, de varias maneiras. Reduzindo o percentual de gordura corporal, aumentando o tonus muscular, proporcionando importantes benefícios orgânicos, melhorando o condiciona-mento físico que conseqüentemente ira proporcionar mais energia para as atividades diárias e melhorando a auto estima.

Após o sinal verde do Médico, qualquer indivíduo obeso pode e deve participar de programas de exercícios físicos, ate mesmo aqueles que foram submetidos a cirurgia (obesidade morbida). Já existem relatos de pós operados que iniciaram a atividade ainda no Hospital, caminhando no quarto ou no corredor. Lembre se que a progressão da intensidade e fundamental em qualquer programa de treinamento.

O ACSM em artigo publicado recentemente em seu site www.acsm.org , ressalta a importância do Profissional de Educ. Física, principalmente os que trabalham com treinamento individualizado (PERSONAL TRAINER), na elaboração de programas de treinamento relacionadas a saúde e bem estar. Ressalta também o perigo de contratar Profissionais não qualificados, que poderão colocar em risco a saúde do praticante. Portanto, quando contratar um Personal Trainer, verifique se ele e formado em algum Instituto reconhecido pelo MEC, se tem o seu registro no CREF e se tem experiência na área.

O ideal para o indiviso obeso ou pós operado e começar a atividade sempre com o acompanhamento de um Personal Trainer, de duas a três vezes por semana. Depois de três meses, reduzir para um acompanhamento semanal ou mensal.

Para que um programa de exercícios para o obeso funcione de fato, deve se levar em consideração alguns fatores importan-tes. O equilíbrio adequado entre as atividades, a intensidade e a duração certa de cada sessão de treinamento, a freqüência adequada do treinamento, o ambiente adequado para se pra-ticar e fatores sociais e motivacionais. Se o Profissional elabora um programa que não leve em consideracao pelo menos um dos fatores citados anteriormente, o fracasso do programa e praticamente certo. Qualquer fator não respeitado pode servir para o obeso como um obstáculo para pratica de exercicios.

Não existe receita de bolo, cada caso e um caso. Portanto as considerações abaixo sobre intensidade , freqüência e duração de treinamento, são apenas para se ter uma idéia do que deve ser feito. Não se deve elaborar um programa por conta própria, procure sempre um Profissional qualificado.

Treinamento aeróbio - (pedalar, caminhar, nadar...) - 3 a 5 vezes por semana - 55% a 85% da *freqüência cardíaca máxima - 20 a 50 min. de duração

Treinamento contra resistência - (musculação, exercícios com pesos...) - 2 a 3 vezes por semana - 1 a 2 series de exercícios que solicitem grandes grupamentos musculares, 8 a 12/15 repetições para cada serie.

Treinamento de flexibilidade - (exercícios de alongamento) - 2 a 3 vezes por semana - exercícios que alonguem grandes grupamentos musculares.

*Existem formulas mais elaboradas para calcular a freqüência cardíaca máxima, porem uma muito utilizada e que funciona muito bem, e a seguinte:

220 - Idade = FC MÁXIMA

Lembre-se, respeitar a progressão e fundamental. Um programa de atividade física deve ser sempre individualizado . Não acredite em programas padronizados e que prometam resultados a curtíssimo prazo.

Considerações


O exercício contribui para a prevenção da obesidade em indivíduos não obesos, para contole da obesidade em indivíduos obesos e para evitar que individuos pos operados (obesidade morbida) voltem a ser obesos.

CONSUMO CALÓRICO X GASTO CALÓRICO

O exercício proporciona um aumento do gasto calorico direto, ou seja, o gasto calórico causado pela atividade propriamente dita e o gasto calorico indireto causado pelo aumento de massa muscular. Por ser o músculo um tecido ativo, quando a quan-tidade de massa muscular aumenta o gasto calórico tambem aumenta. Cerca de um terço de energia utilizada diariamente por uma pessoa normal e consumido na atividade muscular, embora dois terços sejam assim utilizados pelas pessoas que executam trabalhos pesados. Como a atividade muscular e o meio mais importante de consumo de energia no organismo o indivíduo inativo tem uma probabilidade infinitamente maior de se transformar num indivíduo obeso.

EXERCÍCIOS X EFEITOS NEGATIVOS DA OBESIDADE

Os exercícios podem atuar positivamente sobre a função cardiorespiratoria, sobre o controle da pressão sangüinea e do nível de colesterol serico. Os pacientes obesos correm crescente riscos para anormalidades nessas areas.

O exercício pode beneficiar o funcionamento psicologico. São observadas modificações na ansiedade, depressão , comportamento geral e conceito proprio naquelas pessoas que iniciam e mantem um programa de exercícios.

EXERCÍCIOS X MASSA CORPORAL SECA/MAGRA (LBM)

Durante a dieta a perda de gordura corporal e acompanhada de uma perda de LBM. Isso pode ser perigoso, pois reservas proteicas podem ser depletadas em areas essenciais do corpo. Quando os exercícios de forca ou potencia muscular são associados a dieta a reducao da LBM e diminuida .

EXERCÍCIOS X DECLÍNIO METABOLICO

A restrição calórica produz uma rápida redução na taxa metabolica de repouso (RMR).. Este declínio pode contribuir por aquele momento na dieta onde a redução de peso parece estacionar. O exercicio pode contrabalancear esse declínio metabólico.

Entre em contato com um Profissional qualificado, pratique exercícios, pense positivo e se prepare para uma vida com mais qualidade.


Personal Training- RS Por Leandro Camargo Web Site by ModaeBusiness
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